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Tensão entre ambulantes e agentes interrompe cobertura ao vivo em Afogados

Conflito ocorreu durante operação de fiscalização no entorno do Mercado de Afogados; Guarda Municipal foi acionada para conter a confusão
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atualizado há

1 semana atrás
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Agentes do Grupo de Controle Urbano intervêm após confusão entre ambulantes ao lado do Mercado de Afogados, Zona Oeste do Recife, nesta quarta-feira (18). Créditos) Foto: Reprodução / TV Globo

Um confronto entre vendedores ambulantes e agentes de fiscalização da Prefeitura do Recife chamou a atenção de quem acompanhava a programação ao vivo do telejornal NE1, nesta quarta-feira (18). A confusão, registrada ao lado do Mercado de Afogados, na Zona Oeste da cidade, foi exibida enquanto o jornal fazia uma entrada ao vivo sobre o trânsito da região. Segundo relatos de comerciantes e frequentadores, a tensão começou após mais uma etapa da ação de reordenamento urbano que vem sendo aplicada na área. Dessa vez, a retirada de barracas de frutas que ocupavam a calçada do mercado gerou revolta entre os ambulantes.

Nas imagens, é possível ver dois homens entrando em luta corporal no meio da via, enquanto um terceiro, usando boné vermelho e camisa azul, arremessa uma cadeira plástica em direção aos envolvidos. A cena só foi controlada após a chegada de agentes do Grupo de Controle Urbano Tático Itinerante (GCUTI) da Guarda Civil Municipal, que conseguiram dispersar os envolvidos.

Posicionamento oficial

Em nota, a Prefeitura do Recife declarou que a ação faz parte de um esforço de reorganização do comércio informal nos arredores do Mercado de Afogados — processo que, segundo o governo municipal, vem sendo conduzido com diálogo entre as partes.

Ainda de acordo com o posicionamento, “um único ambulante que não concorda com a medida tem agido de forma violenta para desestabilizar o processo”, além de ter praticado, segundo a prefeitura, condutas consideradas “delituosas”.

A administração reforçou que repudia qualquer tipo de violência e que está adotando providências para garantir a continuidade das operações de reordenamento na cidade.

Debate sobre o direito ao trabalho

A situação reacende a discussão sobre os limites das ações de fiscalização em áreas de comércio popular. Para os trabalhadores informais, o processo de reordenamento, sem apresentação de alternativas concretas de realocação ou compensação, representa mais do que uma reorganização urbana: é um risco direto ao sustento de dezenas de famílias que dependem das vendas diárias para sobreviver.

Frequentadores do mercado também se dividiram. Enquanto alguns defendem a desobstrução das calçadas, outros demonstram preocupação com o impacto social das medidas.

Histórico de conflitos recentes

A Zona Oeste do Recife não é a única a enfrentar esse tipo de episódio. Nos últimos meses, outras regiões de comércio popular, como São José e Casa Amarela, também foram palco de conflitos entre ambulantes e fiscais municipais.

Até o momento, a prefeitura não divulgou um calendário oficial para as próximas etapas da fiscalização em Afogados.

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Ewelin Mello

Sou estudante de jornalismo, técnica em publicidade, escrevo crônicas e encontro Graça nos momentos ordinários.
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