Em meio ao crescimento da violência no Cabo de Santo Agostinho, o prefeito Lula Cabral (Solidariedade) pediu formalmente à governadora Raquel Lyra (PSD) que solicite a presença da Força Nacional de Segurança Pública no município. A solicitação foi feita pessoalmente durante visita ao Palácio do Campo das Princesas, nesta quarta-feira (25).
Segundo dados da prefeitura, entre janeiro e maio de 2025 foram registrados 68 assassinatos na cidade. Em junho, até o dia 24, já haviam ocorrido outras 13 mortes violentas. “Nossa gente virou refém da falta de policiamento e de políticas estaduais que nos ajudem a combater a violência”, declarou Lula Cabral em nota.
O prefeito também criticou o contingente atual da Polícia Militar na região: “O 18º Batalhão, que atende o Cabo e Ipojuca, tem cerca de 320 policiais — uma média de apenas um para cada mil habitantes. É muito pouco.”
A pressão pelo reforço federal já havia sido antecipada pelo gestor municipal em maio, em entrevista à Rádio Jornal. Na ocasião, ele afirmou que o Estado “não está cumprindo o seu dever” e que o município não tem condições de assumir responsabilidades que são de competência estadual.
A administração municipal diz ter ampliado a Guarda Municipal e investido em segurança cidadã e inteligência, mas considera que os esforços não são suficientes.
O envio da Força Nacional depende de solicitação do Governo do Estado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A atuação só pode ser autorizada após análise técnica da necessidade, em caráter emergencial, e exige formalização do pedido por parte da gestão estadual.
Até o momento, o governo de Pernambuco ainda não se pronunciou oficialmente sobre o atendimento à solicitação.