Estamos acompanhando, nos últimos dias o conflito entre Irã e Israel, que tem assustado as pessoas, principalmente após os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, mas não significa a eclosão de uma terceira guerra mundial.
Para o início de uma terceira guerra mundial, seria necessário o envolvimento direto de China e Rússia, e ambos não estão dispostos a entrar um conflito por causa do Irã, além da Rússia já está envolvida na guerra contra a Ucrânia.
As relações diplomáticas entre os dois países tiveram um declínio após a vitoriosa revolução islâmica no Irã, tornando-se hostis após a Guerra do Golfo, com o regime iraniano não reconhecendo o Estado de Israel e pedindo a sua destruição.
O ataque terrorista promovido pelo Hamas a Israel, na operação batizada como Dilúvio de Al-aqsa, no dia 08 de outubro de 2023, iniciou uma série de ações do governo israelense contra o grupo terrorista, que é apoiado pelo regime iraniano.
A escalada do conflito na Faixa de Gaza levou a entrada de outros grupos terroristas, entre eles o Hezbollah, do Líbano, e o Houthis, do Iêmen. Todos esses três grupos citados têm em comum o financiamento do regime iraniano, e o desejo da destruição do Estado de Israel.
Essa aliança de grupos terroristas financiados pelo Irã ficou conhecida como “Eixo da Resistência”, o que levou Israel agir diretamente contra o Irã e matar lideranças do regime do aiatolá.
Os ataques dos últimos dias é uma extensão do conflito indireto que começou em 8 de outubro de 2023, alimentados também pelo desejo e objetivo de Israel e Estados Unidos em destruir o programa nuclear iraniano.
Todo esse “teatro” geopolítico tem como objetivo enfraquecer o adversário, pois Israel hoje tem a bomba e, obviamente, não quer que o Irã possua. Afinal o Irã pede a sua destruição. Ou seja, tudo baseado em interesses estratégicos.
Por mais que existam afirmações que o Irã usa suas usinas nucleares para fins pacíficos, os seus adversários, Israel, Estados Unidos, Arábia Saudita, não vão ficar de braços cruzados assistindo os movimentos do Irã.
Irã e a batalha entre fatos e narrativas
Se o Irã chega na tão sonhada bomba atômica, a Arábia Saudita também iria se movimentar nesse sentido, como já foi dito pelo príncipe saudita. Isso se chama equilíbrio de forças.
Arábia Saudita e Irã também são adversários históricos, não só por cultuarem vertentes diferentes do islamismo, e sim por protagonismo geopolítico na região. Eles divergem na Guerra Civil do Iêmen, e a Arábia tenta enfraquecer a influencia do Hezbollah no Libano.
Mas, infelizmente, o nosso país é recheado de desinformação. Recentemente Jones Manoel, professor de história e assumidamente comunista, insinuou que Israel não é um país, ignorando completamente os fatos.
O Estado de Israel foi criado em 1948, após a resolução de 181 da ONU, que definiu a partilha da Palestina em dois territórios, um árabe e outro judeu, com Jerusalém sendo administrada internacionalmente.
A fundação do Estado de Israel é um fato jurídico internacional, não opinião. Portanto, um rapaz que é professor de história precisa atentar-se a verdade, e não a suposições.
A guerra, em si, é um jogo de interesse em que a primeira vítima é a verdade. São países que decidem por meio da força resolverem suas questões diplomáticas, e quem saí perdendo, em sua maioria, é a população civil.