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A Missão é Inevitável

Uma breve história do movimento político que contra todas as apostas, fez o impensável, inimaginável e o inevitável.

atualizado há

3 dias atrás
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Bandeira do Partido Missão

Um grupo de desajustados

O ano era 2013, o “Gigante” havia acordado. A insatisfação e a crise fizeram milhões e milhões de pessoas despertarem da inércia política.

A “proto-direita” – espectro político que parecia ser algo apenas dos livros de história – surgia de maneira tímida como ideologia mas com voz de muitas águas inundando as ruas de todo o país.

Nesse meio, agrupamentos começaram a se organizar em prol de um rompimento com anos de petismo e estagnação que assolavam o Brasil.

Pulamos para 2014, pós eleições. Dilma Rousseff era reeleita para mais um mandato, o que oxigenou mais uma vez a brasa da indignação acesa naquelas manifestações de 2013.

O catalizador

Catalizador, de forma simples, é alguém ou algo que acelera ou impulsiona uma mudança, sem necessariamente ser o protagonista final dela.

No campo da química, o catalisador é uma substância que acelera uma reação sem ser consumida por ela. Definição perfeita do MBL naquele final de 2014. Aglomerando multidões nas ruas, pautando o discurso de impeachment e dando um sentido a tudo aquilo.

Não foram linha auxiliar de ninguém, foram os cabeças desse marcante momento histórico. E a marcha para Brasília de 2015 provou isso.

A marcha até Brasília

1000 quilômetros percorridos a pé, saindo de São Paulo rumo a capital do país. Dormindo mal, pegando sol, acampando por aí. E o “Japonês do MBL”? Foi atropelado coitado. Mas o texto base do Impeachment, acatado pelo até então presidente da câmara, Eduardo Cunha, foi entregue. Começava ali, a primeira grande vitória desse movimento com menos de um ano de vida.

O Impeachment

Depois de mais de um ano desde a marcha para Brasília e praticamente nove meses de “gestação” do impeachment, finalmente naquele mês de agosto de 2016 Dilma Rousseff estava finalmente expurgada da presidência da república.

O Mito

Após aquela inegável e estrondosa vitória da agora auto reconhecida direita sobre a maior força da esquerda, estava na hora de construir um futuro.

As eleições presidenciais de 2018 seriam um marco importante para essa dita direita, que após destronar Dilma, precisava pôr alguém no lugar que amplificaria os anseios das ruas.

Diversos nomes surgiam nesse meio. Mas um em especial recebeu mais destaque. Aquele que frequentemente participava de programas sensacionalistas e de qualidade duvidosa, começava a tomar espaço por suas falas “disruptivas”.

Jair Messias Bolsonaro, esse era o nome do capitão da reserva que em quase 30 anos de Câmara Federal, pouco tinha a apresentar.

Cada vez mais ovacionado por seus embates acalorados e totalmente vulgares que resgatavam de seu passado parlamentar.

E o MBL nessa história? Viu um velho falastrão tomar pra si o protagonismo que nunca teve. Mas quando do segundo turno das eleições naquele 2018, entre o chamado “Poste do Lula”, talvez o político mais “memizado” de toda a história do Brasil, Fernando Haddad, e o “Mito”, o gosto amargo do voto 17 teve que ser sentido.

Uma “luz no fim do Túnel”

Chegamos enfim a 2019, um início promissor apesar dos pesares, como se diz popularmente.

Nomes como Sérgio Moro, principal nome da Operação Lava-Jato – a mesma que prendeu Lula – Paulo Guedes, como ministro da economia, compunham o recém formado governo e trazia otimismo, não só aqueles que viram sua luta culminar na eleição de um presidente de direita em décadas, mas também de setores do mercado e indústria, a tanto estrangulados pelo petismo.

Mas esse otimismo, pelo menos para o MBL, durou pouco. Ainda em 2019 um dos cargos mais importantes da república foi dado à uma figura execrável, um arquivista, Augusto Aras, o nome do petismo para a Procuradoria Geral da República.

Começava ali o início do rompimento do Movimento Brasil Livre, agora bem mais estabelecido e mais organizado, com a nova hegemonia idólatra da política na direita, o Bolsonarismo.

Entre o Mito e a Verdade

Das lives do Renan Santos, das postagens do Kim Kataguiri e dos embates do Arthur do Val, surgia mais uma vez, a indignação com aquela política corrupta que uma vez levou milhões às ruas.

A escolha de seguir seus próprios princípios, se apoiando naqueles que, com literalmente sangue e suor, se expuseram para buscar uma alternativa ao establishment, antes o PT e agora o Bolsonaro, cobrou um preço muito alto.

Ele derrete

Fim de 2019 e início de 2020 marcam o período do pior momento do grupo até então. O rompimento com o Bolsonarismo veio acompanhado de uma campanha esmagadora e sem piedade de cancelamento e difamação.

De “PSOL Kids”, “Movimento Bumbum Livre” e outros adjetivos pejorativos, deram o tom do que ficou conhecido como “Derrete MBL”.

Em questão de dias, o movimento que outrora arrastava multidões, estava prestes a ruir. Os contadores nas redes sociais em queda livre. Ser do MBL naquele momento era ser de “esquerda”, traidor ou inimigos da pátria.

O sentimento era de luto. Tal qual perder um ente querido. Era ver aquilo que você tinha ajudado a construir, pisotear sua cabeça sem ressalvas.

O recomeço

Mesmo no fundo do poço, vontade de desistir, aceitar a morte não era uma opção. Bolsonaro se comprovou o que a muito se havia denunciado: um traidor covarde.

Rachadinhas, joias da Arábia, filho embaixador, Golpe de Estado. A força hegemônica ruía de dentro pra fora. A indicação de Cássio Nunes ao STF, que daria o voto de minerva para anulação do processo que colocou o “nine” na cadeia, deixou escancarado que o principal feitor do “L” era Jair Bolsonaro.

Elas são fáceis

Tendo resistido ao duro golpe do Derrete MBL, nada parecia ser capaz de obliterar completamente o movimento. Até que em um belo dia, dois dos maiores nomes do grupo, decidiram ir para o centro do principal conflito do momento: a Guerra na Ucrânia.

2022 foi um daqueles anos difíceis. “Elas são fáceis porque são pobres” talvez tenha sido umas das frases mais reproduzidas no país.

Mais uma vez, o MBL sofria um duro golpe, e o pior, de dentro.

A corrida eleitoral foi uma loucura, muitos achavam que Kim não seria mais eleito, por ter respingado nele as polêmicas frases dos áudios do Arthur. Mas pra surpresa de muitos, ele foi.

Nem Lula e nem Bolsonaro foi o discurso que ressoou em todos os portais do movimento. O combate ao petismo estava aí mas sem ignorar o estelionato eleitoral bolsonarista.

A campanha pelo voto nulo e a não mais aceitação do protagonismo alheiro, entregando a outrem o seu próprio destino, nos fez entender que essa era a hora certa.

Nossa própria casa

Em 2019, ou até mesmo antes, o relance de ter o próprio partido pairava sobre as cabeças mblistas. Mas sem dinheiro, sem pessoal, sem estrutura não iria acontecer.

No congresso anual de 2023, o Partido Missão era finalmente anunciado para a sociedade. O Preto, Amarelo e Branco encheram aquele salão com centenas de pessoas e um sentimento de esperança e recomeço despertou nos corações, tal qual a Aliança Rebelde diante do Império Galático em Star Wars: Uma nova Esperança.

Agora não tinha mais volta. Ou era isso ou desistir e aceitar que não só o movimento tinha perdido, mas também o Brasil teria seu futuro sequestrado pelos algozes eleitos democraticamente.

Início da coleta

Foi dada a largada! 2024 começou com a maior e mais organizada empreitada já executada em qualquer grupo político que se propôs a montar um partido.

Testes, validação de método de coleta, desenvolvimento de tecnologia própria e recrutamento de pessoal foram as primeiras etapas.

E sabe aqueles que lá atrás pediram a cabeça do MBL? Agora eles tinham um novo motivo de desdém. Figuras da direita e esquerda deram as mãos e numa só voz bradavam:
“O MBL é irrelevante”;
“O MBL morreu”;
“Eles não vão conseguir montar um partido”
.

O “coach” Pablo Marçal, apostou publicamente 500 mil reais com Kim Kataguiri que, nas palavras dele, se o Bolsonaro com 50 milhões de votos não conseguiu montar um partido, eles do MBL não conseguiriam. Ainda cantou vitória: “tá apostado e você já perdeu!”

A Missão é inevitável

No congresso de 10 anos do MBL, em 2024, Renan Santos faz o anúncio da coleta de mais de 800 mil fichas de apoio até aquele momento, e isso mostrou pra todos de maneira inequívoca uma coisa: nós teremos um partido.

Por cerca de 19 meses, desdém, tentativas de homicídio, ataques pessoais e fraudes não foram capazes de brecar os milhares de bravos coletores debaixo de sol e chuva de concluir sua missão.

O partido Missão se tornou antes mesmo de atingir sua meta, o partido que mais coletou e validou fichas na história do país.

A onça bebeu água

Hoje, dia 26 de junho de 2025 entra pra história. O Partido Missão bate a marca de 547.043 fichas validadas junto ao TSE.

Isso prova que, uma minoria organizada e mais inteligente, é capaz de superar até as mais populares figuras com multidões burras e desorganizadas.

O grupo que um dia esteve a beira da extinção, hoje não pode ser mais ignorado. A Pantera Onca, ou simplesmente onça, o maior felino das américas, está agora se deleitando do seu triunfo sobre os adversários e haters.

Nunca deixe alguém zombar do seu sonho! Seja mais inteligente do que eles, trabalhe mais do que eles e seja melhor do que eles jamais serão.

Esse é só o começo! E lembrem se sempre:
“Se não for do nosso jeito, não será de jeito nenhum!”

Esse é meu recado pra todos vocês, beijos e abraços.

Sobre o autor
Foto de José Lucas Rodrigues

José Lucas Rodrigues

Do sertão pernambucano, atualmente vivendo no Canadá, comanda sua própria agência de criação de sites sendo o desenvolvedor do Portal O Brasil de Cima.
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