Em Istambul, o chanceler iraniano Abbas Araghchi declarou que os Estados Unidos “cruzaram uma linha vermelha” ao atacar instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan. Ele afirmou que Washington “enganou sua própria nação” e comprometeu qualquer via diplomática para a resolução do conflito.
Chanceler Araghchi destaca violação de normas internacionais
Segundo Araghchi, o ataque constitui uma “grave violação da Carta da ONU e do direito internacional”. Ele ressaltou a total rejeição à negociação enquanto persistirem bombardeios às instalações nucleares iranianas.
Reação do supremo líder Khamenei: aviso direto aos EUA
Dias antes, o aiatolá Ali Khamenei já havia advertido que qualquer intervenção militar dos EUA acarretaria “consequências sérias e irreparáveis”. Ele enfatizou que a nação iraniana “não se renderá” e que americanos deveriam saber que ameaças não seriam bem recebidas.
Araghchi comunicou que o Irã se recusará a retomar qualquer rodada de diálogo nuclear com os EUA, enquanto Israel continue seus ataques, conforme representantes diplomáticos.
Alerta às nações que apoiam Israel
O governo iraniano afirmou que Estados Unidos, Reino Unido e França também serão responsabilizados caso contribuam com assistência militar a Israel, conforme alerta emitido por autoridades iranianas.
Analistas acreditam que o Irã pode responder com ações militares indiretas, utilizando grupos aliados no Oriente Médio ou ameaçando fechar a passagem do Estreito de Hormuz. Ações diretas contra bases dos EUA também não estão descartadas.
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Tensão sem negociação a vista
Com o chanceler iraniano declarando que não haverá diálogo enquanto os ataques continuarem, e o líder supremo reforçando a retaliação, o cenário diplomático se fecha.
O impasse entre Teerã e Washington se agrava, sinalizando uma escalada com possíveis consequências globais. A comunidade internacional acompanha com atenção, temendo um conflito ampliado no Oriente Médio.
A troca de acusações, os alertas de retaliação e o congelamento das negociações marcam uma fase de crise aguda nas relações entre Irã e EUA. O futuro próximo dependerá da capacidade de mediação internacional e da contenção de eventuais reações militares.