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Parlamento do Irã aprova proposta para fechar o Estreito de Ormuz

O parlamento iraniano aprovou por ampla maioria uma proposta normativa para o fechamento do Estreito de Ormuz, em retaliação aos ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas ocorridos em 21 de junho.

atualizado há

1 semana atrás
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Estreito de Ormuz - Google Earth

A decisão ­– inicialmente do Parlamento – ainda depende do aval do Conselho Supremo de Segurança do Irã e da chancela do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

O que está em jogo

• Estratégica rota marítima: o estreito, localizado entre o Irã e Omã, é o principal canal de saída do Golfo Pérsico e responsável por cerca de 20% do tráfego global de petróleo (ou cerca de 18‑20 milhões de barris por dia) .
• Potenciais impactos no mercado: já houve alta significativa no preço do barril de petróleo – de US$ 69 para US$ 78 – e analistas alertam que, com o bloqueio, o preço do Brent pode passar dos US$ 100 a US$ 130

Estreito de Ormuz - Google Earth

Cronologia dos acontecimentos

14 de junho – parlamentares conservadores, como Esmail Kosari, afirmam que o fechamento do Estreito está “sob séria consideração” como resposta a ataques israelenses e possíveis ataques dos EUA .
19 de junho – pressionado pelo envolvimento americano ao lado de Israel, o parlamentar Seyyed Ali Yazdi Khah diz que Teerã fechará o estreito se os EUA se envolverem diretamente .
21 de junho – os EUA atacaram instalações nucleares iranianas, elevando o risco de resposta mais drástica do Irã .
22 de junho – o Parlamento aprovou formalmente a proposta, agora pendente de aprovação final.

Condições para a implementação

  1. Aval do Conselho Supremo de Segurança: instância que precisa transformar a norma parlamentar em política executável.
  2. Concordância do líder supremo Aiataolá Ali Khamenei: detém a palavra final sobre questões de segurança nacional.

Repercussão global

• Preços do petróleo: podem disparar em curto prazo. A Oxford Economics estima impacto entre US$ 90–130 por barril, dependendo da duração do bloqueio .
• Segurança marítima e militar: navios já estão evitando a região; a 5ª Frota da Marinha dos EUA no Bahrain se posiciona para impedir um bloqueio efetivo .
• Alternativas de escoamento: oleodutos – como o da Arábia para o Mar Vermelho e o Habshan–Fujairah dos Emirados – poderiam aliviar parte da pressão . Ainda assim, a capacidade é limitada frente ao volume total.

O que pode acontecer a seguir

• Cenário A – bloqueio parcial ou simbólico: com uso de minas, manobras navais, drones ou mísseis para dificultar a navegação, sem fechamento completo.
• Cenário B – bloqueio total declarado: poderia provocar resposta militar internacional e interrupção real do trânsito marítimo, gerando uma crise energética global .
• Cenário C – retaliação internacional: até mesmo países que negociavam com o Irã (China, Índia) seriam afetados, tanto pela logística quanto pela escalada militar.

O Parlamento iraniano deu um passo decisivo, mas não determinante, rumo ao fechamento do Estreito de Ormuz. A medida segue para instâncias superiores do regime e envolve riscos estratégicos e econômicos significativos, sobretudo pelo impacto imediato no abastecimento de petróleo e gás natural. A vigilância internacional permanece intensa, com o mercado e os governos prontos para reagir a um possível bloqueio.

Sobre o autor
Foto de José Lucas Rodrigues

José Lucas Rodrigues

Do sertão pernambucano, atualmente vivendo no Canadá, comanda sua própria agência de criação de sites sendo o desenvolvedor do Portal O Brasil de Cima.
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