Uma reportagem do Metrópoles, assinada pela jornalista Andreza Matais, revelou que o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) protagonizou mais um episódio de desperdício de dinheiro público: um jantar bancado pela Câmara no valor de R$ 27 mil.
De acordo com a apuração, a nota fiscal inclui pratos refinados, bebidas e sobremesas em um evento classificado como “jantar institucional”. Na prática, quem pagou a conta foi o cidadão brasileiro — aquele que acorda cedo, paga impostos altíssimos e recebe serviços públicos de péssima qualidade em troca.
O gasto exorbitante não é isolado na trajetória de Hugo Motta. O deputado e sua família são figuras conhecidas no meio político da Paraíba, especialmente no município de Patos, onde o pai, Nabor Wanderley, é prefeito. Ambos acumulam históricos de investigações, denúncias e suspeitas de irregularidades.
Inclusive, recentemente, a cidade de Patos foi alvo de questionamentos após a Infraero destinar R$ 420 mil em patrocínios, mesmo sem possuir um aeroporto de grande porte administrado pela estatal. Parte desse valor foi enviada apenas dois dias antes da festa de São João da cidade, levantando suspeitas sobre o real objetivo dos recursos.
O episódio do jantar de luxo revela, mais uma vez, a desconexão de parte da classe política com a realidade do povo que deveria representar. E o contraste salta aos olhos: a Paraíba segue como um dos estados com maior índice de analfabetismo do Brasil. Enquanto milhares de paraibanos sequer sabem ler e escrever, seu representante gasta quase R$ 30 mil em uma única noite, tudo custeado com dinheiro público.
É mais um retrato do Brasil real: o país onde quem paga a conta é sempre o povo, e quem desfruta do luxo são aqueles que juraram defender os interesses da população.

